Estudos dos casos

Estudos dos casos

A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

                Rachel Almeida

 

UNIESP   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MELQUIDESEQUE

 

RACHEL SOUSA ALMEIDA

 

RALMIR SANTOS

 

RUIMAR

 

TAY

 

 

 

 

 

 

 

O PAPEL DO ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO NA TELECOMUNICAÇÃO

 

 

 

 

 

RIO DE JANEIRO 2012


 

 

RESUMO

 

Quando falamos de engenharia de produção e como atua o profissional nesta área encontramos varias referências na indústria e empresas afins, dando a impressão que o campo de atuação está limitado a essa área. Devido à necessidade do mercado de profissionais com uma visão ampla do negócio que administre o setor técnico, produção e administrativo o engenheiro de produção pode atuar em diversas áreas como indústrias de automóvel, eletrodomésticos, às empresas de serviço como hospitais, hotéis, bancos, transporte aéreo e concessionária de telefonia. Não estando limitados a indústria e processos de produtividade.


 

 

Cenário

 

            Não conseguimos mais imaginar o dia a dia sem a telefonia fixa e móvel, internet e televisão. Em nosso mundo globalizado a comunicação em tempo real é imprescindível analisando do ponto de vista econômico e social. Este novo modelo de vida é de responsabilidade do rápido avanço da telecomunicação. Vivemos um momento de dependência dos sistemas de telecomunicações, pois necessitamos de informações rápidas e precisas. Imagens, e fatos, palavras e opiniões mudam a ordem dos acontecimentos e alteram a realidade do mundo.

 

            A implantação das inovações tecnológicas nesta área de forma mais presente mostra uma sociedade cada vez mais exigente na qualidade do serviço que está sendo utilizado. O brasileiro também quer mobilidade, quer ter o sinal disponível onde e quando precisar. Qual empresa, seja ela pequena, média ou de grande porte, não teria perdas em sua receita ao perder o contato com seus clientes, fornecedores, distribuidores  pela ausência de um meio de comunicação eficaz.

 

1.1 - Rápida Passagem da História da Telecomunicação no Brasil

 

            Telecomunicações quer dizer comunicação à distância. Tele, do grego têle= ao longe + comunicação. No ano de 1876, Graham Bell, o inventor do telefone, fez a primeira instalação telefônica. Em 1877 O primeiro telefone do país é instalado no Rio de Janeiro. Conforme o tempo foi passando, o telefone foi sendo instalado nos setores comerciais do Rio de Janeiro, que tinha em média mais de 30 mil aparelhos, já São Paulo contava com pouco mais de 20 mil aparelhos. A partir do ano de 1953, esses números começam a subir. No ano de 1895, foi efetuada a primeira transmissão de rádio, A primeira transmissão através da televisão preta e branca, foi em 18 de setembro de 1950. Já a da televisão a cores, foi em março de 1972.

 

 

 

1.2 - O Setor de Telecomunicação no Brasil

 

            No Brasil, até fins da década de 60, cerca de 800 empresas de telecomunicações no país. Quase todo município tinha uma empresa operadora telefônica local. Em grande parte com capital estrangeiro, os grupos privados não investiam em crescimento e nem mesmo no atendimento as necessidades do mercado. O investimento era o suficiente para assegurar os lucros esperados por suas matrizes no exterior. Aparentemente, a competição era livre. E nada funcionava direito. O triângulo Rio de Janeiro/São Paulo/Belo Horizonte era atendido por uma poderosa empresa privada de capital estrangeiro, a Companhia Telefônica Brasileira – CTB, pertencente à canadense Brazilian Traction. O governador Carlos Lacerda, do extinto estado da Guanabara, criou, em 1963, a Cetel, uma empresa telefônica que deveria atender aos subúrbios pobres da cidade do Rio de Janeiro, então desprezados pela CTB. Neste mesmo período o Congresso Nacional aprovou o Código Brasileiro de Telecomunicações, legitimando a intervenção do Estado no setor, para que as telecomunicações passassem a atender as necessidades sociais e estratégicas do país.

 

            Em 1965 foi criada a Embratel, o início dos primeiros passos daquela que seria a maior empresa de telecomunicações do país. Implantou as primeiras redes de comunicação no Brasil. Instalando uma moderníssima rede de troncos de longa distância, de dimensões continentais, surgida praticamente do nada, a um custo bastante razoável. Foi investido mais de 1,6 bilhões de dólares para interligar por DDD mais de 200 cidades, mediante a implantação de 50 mil circuitos interurbanos, em todos os estados, muitos deles, até então, praticamente isolados dos demais. Na década de 90 destaca-se pela revolução digital e a chegada da internet no Brasil, além da expansão da rede de FO interligando grandes centros urbanos e capacitação de profissionais. Entrando de fato no mercado global para competir sendo o foco no cliente o principal objetivo.

 

1.3 - Perfil da Empresa – Embratel

 

            A Embratel, uma das maiores empresas de telecomunicações do País, oferece soluções completas de telefonia local, longa distância nacional e internacional, transmissão de dados, televisão e Internet, além de assegurar atendimento em qualquer ponto do território nacional através de soluções via satélite. Há 45 anos no mercado e dona da maior rede de telecomunicações do Brasil, reunindo fibras ópticas, cabos submarinos e satélites, além de profissionais altamente qualificados, a tecnologia da Embratel possibilita grandes avanços que impulsionam o crescimento das empresas e contribuem para o desenvolvimento do País.“No mercado corporativo, a Embratel detém o maior Market Share entre todas as Empresas” (Jonio Manoel, Gerente Técnico Embratel)

 

            Desde a sua fundação, em 1965, a empresa destaca-se por sua competitividade e inovação. Recursos tecnológicos de última geração e conhecimento nas mais diversas áreas posicionam a Embratel como uma das melhores empresas de telecomunicações da América Latina.

 

            A revolução digital, desencadeada pela aplicação da tecnologia dos satélites Embratel, facilitou também a vida do cidadão. As redes e sistemas da empresa asseguram aos brasileiros as facilidades de comunicação que fazem parte do nosso cotidiano: o uso dos caixas eletrônicos, reservas de passagens, as ligações telefônicas interurbanas e internacionais, entre outras. Os satélites Embratel são capazes de receber e transmitir sinais de televisão, rádio, telefone, Internet e dados para aplicações de entretenimento, telemedicina, teleducação e negócios, essenciais para as comunidades mais distantes. (Fonte: www.embratel.com.br)

 

 

 

 

 

 

 

1.4 - Área de Atuação

 

a) Dados

 

            Responsável pela mais completa solução em comunicação digital (dados, voz e vídeo) para empresas, com diferentes velocidades e abrangência nacional, atingindo até mesmo áreas onde não se encontram redes convencionais. responsável por grande parte do tráfego da rede mundial no Brasil, garantindo uma Internet segura e confiável para todas as empresas.

 

            Por meio do serviço Business Link Direct da Embratel, organizações dos mais diversos portes conectam-se à Web com toda segurança. Para usuários residenciais, a Embratel acaba de lançar a Via Embratel, TV por assinatura banda larga, que oferece Internet de alta qualidade e disponibilidade por meio da tecnologia HFC (híbrido fibra-coaxial).

 

b) Telefonia Local

 

            Ao mercado corporativo, a Embratel oferece um serviço completo de telecomunicações, conectando as empresas diretamente às suas modernas centrais, 100% digitais. A Telefonia Local da Embratel para o mercado corporativo está disponível em todo País, sendo uma opção para as empresas que desejam mais qualidade, confiabilidade e preço para o serviço de telefonia fixa.

 

            Para o mercado residencial, a Embratel oferece telefonia sem assinatura, com franquia totalmente reversível para qualquer tipo de ligações e tarifas competitivas. As soluções de telefonia residencial da Embratel são o Claro Fixo(telefone com tecnologia sem fio, com planos pré e pós-pagos), NET Fone via Embratel (oferecido via rede de cabos da NET, possui franquia flexível para todos os perfis de usuários).

 

c) Telefonia de longa distância

 

            Ligações interurbanas, nacionais e internacionais, planos de tarifas corporativos e residenciais de acordo com o perfil de cada cliente e cartões pós-pagos e pré-pagos.

 

d) Satélites

 

            Os satélites da Embratel recebem e transmitem sinais de televisão, rádio, telefone, internet e dados para aplicações de entretenimento, telemedicina, teleducação, negócios, serviços essenciais para as comunidades distantes e atividades militares. Como serviços complementares para criação de redes ou emissoras independentes de TV e outros grupos de comunicação, a Embratel oferece as mais variadas opções de contratação, larguras de banda e tecnologias.

 

 

 

 

 

2.1 - Engenharia da Produção

 

            A Engenharia da Produção é uma habilitação mais recente em relação a outras engenharias. Por definição é uma técnica, no sentido de que incorpora os conhecimentos desenvolvidos para a solução de problemas práticos (Contador, 1998, pg.11). E de acordo com a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABREPO):  'Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologias, informação e energia. Compete ainda especificar, prever e avaliar resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e meio ambiente, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto de engenharia',(Elaborado a partir das definições do International Institute of Industrial Engineering - IIIE).

 

            Basicamente a Engenharia de Produção surgiu nos EUA entre 1882 e 1912 com o chamado movimento "Scientific Management" (Administração Científica) preconizado por F.W. Taylor, Frank e Lillian Gilbreth, H.L. Gantt, dentre outros. Com o advento da produção em massa, difundida por Henry Ford, os engenheiros de produção passam a ter um papel fundamental no processo produtivo sendo o elo entre o setor técnico e o administrativo.

 

            Na década de setenta, notou-se mesmo no Brasil, que os conceitos e métodos próprios da Engenharia de Produção ganharam notável desenvolvimento e tornaram-se independentes de qualquer área tecnológica sendo aplicada a todas as áreas clássicas das engenharias. A Engenharia de Produção é uma habilitação específica derivada de qualquer uma das seis grandes áreas da engenharia.

 

            De uma forma geral, a Engenharia de Produção se responsabiliza por tudo o que se refere ao planejamento, programação e controle de compras, produção e distribuição de produtos. Enquanto que a Administração de Empresas concentra-se na gestão dos processos administrativos, processos de negócio e na organização estrutural da empresa; a Engenharia de Produção volta-se para a gestão dos processos produtivos, se tornando, conforme Naveiro (2000), a engenharia menos tecnológica dentre as engenharias na medida em que é mais abrangente e genérica, englobando um conjunto maior de conhecimentos e habilidades.

 

 

 

2.2 - Engenharia de Produção na Telecomunicação

 

            Com a evolução da Engenharia de Produção, a necessidade do mercado de profissional com uma sólida formação científica e com visão geral suficiente para encarar os problemas de maneira global. Naturalmente foi se expandindo a área de atuação, saindo das indústrias e atuando em empresas de serviços como a de transporte aéreo, internet, consultorias, empresas públicas, concessionárias de telefonia, bancos e etc.

 

            Cunha (2004) traça o perfil desejado para o engenheiro de produção em termos de sua capacitação técnica e do seu modo de atuação dentro da sua empresa ou instituição. Em termos técnicos, ele deve ser capaz de atuar fundamentalmente na organização das atividades de produção, assim recebendo treinamento em métodos de gestão e em técnicas de otimização da produção. Quanto ao seu modo de atuação, deve ser preparado, acima de tudo, para ser um profissional capaz de estabelecer as interfaces entre as áreas que atuam diretamente sobre os sistemas técnicos e entre essas e a área administrativa da empresa. Este perfil tem tornado este profissional muito procurado pelas empresas pela sua capacitação híbrida gerencial-técnica.

 

 

 

Assim como encontramos engenheiros de produção na telecomunicação de forma mais efetiva, pois a soma de suas habilidades técnicas com sua visão ampla do negócio obtém um gestor mais qualificado para resolução de problemas.

 

 

 

            Na engenharia de produção é necessário acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-os e colocando-os a serviço da demanda das empresas e da sociedade conforme ABREPO. Na telecomunicação o avanço tecnológico é acelerado e por possuir uma visão sistêmica maior cabe a este engenheiro manter-se atualizado a fim de criar uma interconexão entre as partes produtivas. O engenheiro de produção também consegue perceber os impactos que as alterações em uma determinada área dentro da empresa poderá produzir com mudanças tecnológicas.

 

 

 

2.3 - O Papel do Engenheiro de Produção na Telecomunicação

 

            Segundo ABREPO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção), Engenheiro de Produção deve ter uma sólida formação científica e profissional geral que o capacite a identificar, formular e solucionar problemas ligados às atividades de projeto, operação e gerenciamento do trabalho e sistemas de produção de bens e/ou serviços, considerando seus aspectos humanos, econômicos, sociais e ambientais, com visão ética e humana, em atendimento às demandas da sociedade. 

 

            Segundo Jonio Manoel Gerente Engenheiro de Produção da Embratel AS, diz que “O engenheiro de produção tem papel fundamental, pois nossa forte base estatística e gerencial é de grande ajuda em todos os processos. Utilizamos os métodos estatísticos para verificar e tratar reincidências e processos que possam melhorar. A nossa formação Gerencial nos dá suporte na hora de tomarmos decisões. Outras Engenharias não têm esse enfoque Gerencial, são mais ‘técnicos’ e especialistas.”

 

            (ABREPO) Especificamente, ele deve possuir habilidades e competências que capacite o profissional a:

 

  • Dimensionar e integrar recursos humanos e financeiros a fim de produzir com eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas; 
  • Utilizar ferramental matemático e estatístico para modelar sistemas de produção e auxiliar na tomada de decisões; 
  • Ser capaz de projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, levando em consideração os limites e as características das comunidades envolvidas; 
  • Prever e analisar demandas, selecionar tecnologias e know-how, projetando produtos ou melhorando suas características e funcionalidades; 
  • Incorporar conceitos e técnicas de qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria; 
  • Prever a evolução de cenários produtivos, percebendo a interação entre as organizações e os seus impactos sobre a competitividade; 
  • Compreender a inter-relação dos sistemas de produção com o meio ambiente, tanto no que se refere à utilização de recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade; 
  • Utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a viabilidade econômica e financeira de projetos; 
  • Gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologia adequada. 

 

Walter Antonio (Introdução à Engenharia,2006) descreve como qualidade de um Engenheiro:

 

  • Compromisso com a ética profissional A ética deve ser a base sobre a qual é estabelecido o comportamento do profissional perante a sociedade, seu empregador, seus clientes ou concorrentes. A atuação profissional, baseada em princípios éticos, deve se pautar pelo respeito ao trabalho de outros e pela adoção de uma postura correta na aplicação dos conhecimentos técnicos. A capacitação técnica pode ser paulatinamente construída tendo como base cursos formais, leituras e discussões. A atitude profissional – entendida aqui como o comportamento perante o mundo - se pratica com base em preceitos éticos consistentes e em consonância com um tempo histórico. Um curso de graduação é um bom momento para exercitarmos essa prática. Do ponto de vista ético, não podemos ver a profissão apenas como um meio de satisfação de interesses pessoais. A formação do engenheiro não acontece por mágica. Ela tem um custo social que deve ser resgatado através de uma atuação consciente perante a sociedade.
  • Relações Humanas. Necessidade de integração do engenheiro com seu campo de trabalho exigirá dele conhecimentos de relações humanas. No cotidiano do trabalho de um profissional, um engenheiro deverá trocar idéias com clientes, operários, políticos, diretoria da empresa, usuários. Para isso é importante ter-se Uma boa habilidade para interagir, argumentar, convencer, retroceder, discutir, buscando sempre um bom nível de diálogo em várias áreas de conhecimento.
  • Trabalho de Equipe. O exercício de todas as profissões - não poderia ser diferente com a engenharia - exige uma boa habilidade para o trabalho em equipe. E percebe-se que cada vez mais esta característica é mais necessária ainda. Grandes empreendimentos dominam o mundo tecnológico, grandes problemas se entrelaçam na maioria das áreas e inúmeras pessoas clamam por melhoria na qualidade de vida, o que depende cada vez mais de equipes partindo em busca de soluções.
  • Disposição para auto-aprendizado. O bom engenheiro deve estar sempre a par dos avanços da sua área de trabalho. Por isso o aprendizado deve ser contínuo. Livros, revistas técnicas, periódicos, seminários, congressos, mesas redondas, simpósios, feiras industriais, grupos de estudo e associações de classe são instrumentos de que se deve fazer uso para enfrentar com competência e sucesso o longo caminho do aperfeiçoamento profissional.
  • Excelente comunicação oral e escrita. Uma qualidade que muitas vezes é relegada a segundo plano por alguns profissionais da área de engenharia é a comunicação. Mas o fato é que uma boa comunicação, hoje, é muito mais importante do que deve ter sido há algum tempo. Aliás, isso acontece tanto na área de engenharia como em qualquer outra. Há como imaginar um engenheiro que não realize um relatório técnico, que não discuta com sua equipe detalhes de um projeto, que não prepare gráficos e tabelas para mostrar o desempenho de algum sistema, que não demonstre através de uma equação a otimização de algum processo? A despeito dessa desastrada confusão, o fato é que a comunicação é uma qualidade significativa e indispensável para um bom desempenho profissional.
  • Domínio de técnicas computacionais. A familiarização com a tecnologia requer que o profissional saiba muito de ciências físicas aplicadas e domine conhecimentos empíricos sistematizados O domínio de conhecimentos empíricos também é importante para o bom desempenho profissional, pois esta experiência auxilia na realização de muitos trabalhos do dia-a-dia da engenharia. Além dessa familiarização com a tecnologia — seu funcionamento, sua lógica — é fundamental também a familiarização com os resultados e as conseqüências da utilização das tecnologias no entorno social em que vivemos.
  • Domínio de língua estrangeira (pelo menos inglês). é importante para que mantenhamos contato com publicações internacionais, que geralmente trazem as últimas novidades no campo científico-tecnológico.
  • Responsabilidade social e ambiental. Não aborde um problema com noções preconcebidas de como solucioná-lo. A natureza com freqüência o guiará até a solução, caso você esteja atento as suas indicações.

 

Conclusão

 

De acordo com as informações expostas neste trabalho o engenheiro de produção não está focado apenas na área industrial conforme sua origem. Devido sua gama de qualificações e a necessidade do mercado de um profissional com uma sólida formação científica e com visão geral suficiente para encarar os problemas de maneira global, este profissional se expandiu para outras áreas, como a telecomunicação. O engenheiro de Produção deve demonstrar a capacidade de utilizar ferramental matemático e estatístico que auxilie na tomada de decisão, utilizar indicadores de desempenho para projetar metas e estratégias, é essencial se manter atualizado em relação aos avanços tecnológicos. Conforme foi visto, na área de telecomunicação a engenharia de produção está em crescimento com atuação mais abrangente que um engenheiro de telecomunicações que visa uma formação mais centralizada e técnica.

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BAZZO, Walter Antonio e PAREIRA, Luiz  Teixeira do Vale. Introdução à Engenharia Conceitos, ferramentas e comportamentos, Florianópolis, 2006.

 

DANTAS, Edmundo Brandão. Satisfação do Cliente: um confronto entre a teoria, o discurso e a prática. Artigo dissertativo, Florianópolis, 2001.

 

 Sites:

 

https://www.embratel.net.br - Sobre a Embratel – Quem Somos.

 

https://www.colegioweb.com.br/geografia/telecomunicacoes-no-brasil.html - Telecomunicações no Brasil

 

 


 


1 - Como aumentar a competitividade e qual o papel do Engenheiro de Produção?

O papel do engenheiro de produção no momento de crise

Comunicação Ietec

Durante uma crise econômica as indústrias buscam sustentar seu negócio e melhorar sua competitividade no mercado com ações para diminuir custos de produção, melhorar o atendimento a clientes e buscar inovações em processos e produtos. O engenheiro de produção, especialista na gestão dos processos produtivos, é capacitado para atuar nessa área com foco em custos, atendimento aos clientes e inovação em processos e produtos.

Para José Ignácio Villela Júnior, coordenador do curso de pós-graduação em Engenharia de Produção do Ietec, o engenheiro de produção é importante porque pode ajudar a empresa a reduzir o custo de seus produtos e ainda encontrar formas de melhor atender as necessidades de seus clientes. “Hoje o compromisso com o bom atendimento às necessidades do cliente pode ser decisivo na escolha de um fornecedor. Dependendo do segmento que a empresa atua, seus diferenciais estão na qualidade e cumprimento do prazo de entrega do pedido completo, salienta Villela Junior.

O engenheiro de produção também pode atuar no controle e redução de custos, eliminando desperdícios como produção excessiva ou desnecessária e usar máquinas de layout ineficiente. “Ele também busca soluções para diminuir a perda de materiais, o retrabalho e a quantidade de matérias-primas e componentes utilizados no processo de produção, afirma coordenador do curso de pós-graduação em Engenharia de Produção do Ietec.

O crescimento da demanda pelo produto da Thega Industria e Comercio, que fabrica discos para tacógrafos, exigiu o aumento de sua produtividade em curto espaço de tempo. Segundo Cristiano Vicente Vilano, Gerente de Produção da Thega, a empresa utilizou a engenharia de produção para aumentar a qualidade de seu produto e principalmente diminuir custos, conservando o mesmo quadro de colaboradores. “Com a gestão de produção conseguimos o aumento da produtividade em 30%, melhoria da qualidade de nosso produto e do nosso fluxo interno de produção, na diminuição de perdas e refugos e o melhor aproveitamento do tempo”, comemora Vilano.

O gerente de produção da Thega também explica que sua empresa está mais preparada para enfrentar a crise e a concorrência com a gestão da produção. “Mantemos a nossa produção alinhada com a demanda de mercado, fazendo com que não tenhamos gastos desnecessários, capital parado em estoques”, explica Vilano.


Inovação também é foco do engenheiro de produção

Outro foco de atuação do engenheiro de produção é a busca por melhorias simples ou inovações no processo ou no produto da empresa. A empresa Onda Pluv, fabricante de calhas e rufos, oferece um produto diferenciado a seus clientes graças ao desenvolvimento de uma máquina. A inovação transforma chapas planas em calhas e rufos de perfis ondulados, o que torna os produtos da Onda Pluv mais resistentes e garante maior durabilidade e escoamento de água além de ser uma peça com layout mais bonito.

Uma outra solução simples, feita com a adaptação de uma chapa à máquina que produz as calhas e rufos também proporcionou mais autonomia na produção, evitando a utilização de um funcionário só para fazer a retirada dos produtos acabados.

A Onda Pluv também investiu em outras inovações. Após um grande crescimento da empresa que gerou aumento da demanda por produtos, surgiu a necessidade de maior controle e planejamento da produção. A empresa contratou Adnilson da Silva Verdin, aluno de pós-graduação em Engenharia de Produção no Ietec, para supervisionar sua  produção. As primeiras ações foram a implantação do planejamento da produção, o processo de previsão de demanda, o melhoramento das instalações e da gestão de RH.

“Esses processos ainda estão em desenvolvimento, mas já houve uma melhoria significativa na parte de motivação da equipe, aumento da produção e organização do ambiente de trabalho. A empresa também contratou mais profissionais com boa capacitação” explica Verdin.

Atualmente também há um foco na otimização do uso das informações das planilhas de planejamento e controle da produção da empresa. “Com isso, hoje já é possível fazer a previsão de demandas de produção, o que possibilita uma melhor gestão do setor de compras”, explica o supervisor de produção.

Uma publicação do: IETEC - Instituto de Educação Tecnológica - R. Tomé de Souza, 1065, Savassi
Tel. (31) 3223-6251 - (31) 3116-1000 Belo Horizonte: cursos@ietec.com.br | São Paulo: ietec.sp@ietec.com.br | Rio de Janeiro: ietec.rj@ietec.com.br
Nordeste: ietec.ne@ietec.com.br


 

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