Desenvolvimento
DESENVOLVIMENTO
O PAPEL DO ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO NA TELECOMUNICAÇÃO
Cenário
Não conseguimos mais imaginar o dia a dia sem a telefonia fixa e móvel, internet e televisão. Em nosso mundo globalizado a comunicação em tempo real é imprescindível analisando do ponto de vista econômico e social. Este novo modelo de vida é de responsabilidade do rápido avanço da telecomunicação. Vivemos um momento de dependência dos sistemas de telecomunicações, pois necessitamos de informações rápidas e precisas. Imagens, e fatos, palavras e opiniões mudam a ordem dos acontecimentos e alteram a realidade do mundo.
A implantação das inovações tecnológicas nesta área de forma mais presente mostra uma sociedade cada vez mais exigente na qualidade do serviço que está sendo utilizado. O brasileiro também quer mobilidade, quer ter o sinal disponível onde e quando precisar. Qual empresa, seja ela pequena, média ou de grande porte, não teria perdas em sua receita ao perder o contato com seus clientes, fornecedores, distribuidores pela ausência de um meio de comunicação eficaz.
1.1 - Rápida Passagem da História da Telecomunicação no Brasil
Telecomunicações quer dizer comunicação à distância. Tele, do grego têle= ao longe + comunicação. No ano de 1876, Graham Bell, o inventor do telefone, fez a primeira instalação telefônica. Em 1877 O primeiro telefone do país é instalado no Rio de Janeiro. Conforme o tempo foi passando, o telefone foi sendo instalado nos setores comerciais do Rio de Janeiro, que tinha em média mais de 30 mil aparelhos, já São Paulo contava com pouco mais de 20 mil aparelhos. A partir do ano de 1953, esses números começam a subir. No ano de 1895, foi efetuada a primeira transmissão de rádio, A primeira transmissão através da televisão preta e branca, foi em 18 de setembro de 1950. Já a da televisão a cores, foi em março de 1972.
1.2 - O Setor de Telecomunicação no Brasil
No Brasil, até fins da década de 60, cerca de 800 empresas de telecomunicações no país. Quase todo município tinha uma empresa operadora telefônica local. Em grande parte com capital estrangeiro, os grupos privados não investiam em crescimento e nem mesmo no atendimento as necessidades do mercado. O investimento era o suficiente para assegurar os lucros esperados por suas matrizes no exterior. Aparentemente, a competição era livre. E nada funcionava direito. O triângulo Rio de Janeiro/São Paulo/Belo Horizonte era atendido por uma poderosa empresa privada de capital estrangeiro, a Companhia Telefônica Brasileira – CTB, pertencente à canadense Brazilian Traction. O governador Carlos Lacerda, do extinto estado da Guanabara, criou, em 1963, a Cetel, uma empresa telefônica que deveria atender aos subúrbios pobres da cidade do Rio de Janeiro, então desprezados pela CTB. Neste mesmo período o Congresso Nacional aprovou o Código Brasileiro de Telecomunicações, legitimando a intervenção do Estado no setor, para que as telecomunicações passassem a atender as necessidades sociais e estratégicas do país.
Em 1965 foi criada a Embratel, o início dos primeiros passos daquela que seria a maior empresa de telecomunicações do país. Implantou as primeiras redes de comunicação no Brasil. Instalando uma moderníssima rede de troncos de longa distância, de dimensões continentais, surgida praticamente do nada, a um custo bastante razoável. Foi investido mais de 1,6 bilhões de dólares para interligar por DDD mais de 200 cidades, mediante a implantação de 50 mil circuitos interurbanos, em todos os estados, muitos deles, até então, praticamente isolados dos demais. Na década de 90 destaca-se pela revolução digital e a chegada da internet no Brasil, além da expansão da rede de FO interligando grandes centros urbanos e capacitação de profissionais. Entrando de fato no mercado global para competir sendo o foco no cliente o principal objetivo.
1.3 - Perfil da Empresa – Embratel
A Embratel, uma das maiores empresas de telecomunicações do País, oferece soluções completas de telefonia local, longa distância nacional e internacional, transmissão de dados, televisão e Internet, além de assegurar atendimento em qualquer ponto do território nacional através de soluções via satélite. Há 45 anos no mercado e dona da maior rede de telecomunicações do Brasil, reunindo fibras ópticas, cabos submarinos e satélites, além de profissionais altamente qualificados, a tecnologia da Embratel possibilita grandes avanços que impulsionam o crescimento das empresas e contribuem para o desenvolvimento do País.“No mercado corporativo, a Embratel detém o maior Market Share entre todas as Empresas” (Jonio Manoel, Gerente Técnico Embratel)
Desde a sua fundação, em 1965, a empresa destaca-se por sua competitividade e inovação. Recursos tecnológicos de última geração e conhecimento nas mais diversas áreas posicionam a Embratel como uma das melhores empresas de telecomunicações da América Latina.
A revolução digital, desencadeada pela aplicação da tecnologia dos satélites Embratel, facilitou também a vida do cidadão. As redes e sistemas da empresa asseguram aos brasileiros as facilidades de comunicação que fazem parte do nosso cotidiano: o uso dos caixas eletrônicos, reservas de passagens, as ligações telefônicas interurbanas e internacionais, entre outras. Os satélites Embratel são capazes de receber e transmitir sinais de televisão, rádio, telefone, Internet e dados para aplicações de entretenimento, telemedicina, teleducação e negócios, essenciais para as comunidades mais distantes. (Fonte: www.embratel.com.br)
1.4 - Área de Atuação
a) Dados
Responsável pela mais completa solução em comunicação digital (dados, voz e vídeo) para empresas, com diferentes velocidades e abrangência nacional, atingindo até mesmo áreas onde não se encontram redes convencionais. responsável por grande parte do tráfego da rede mundial no Brasil, garantindo uma Internet segura e confiável para todas as empresas.
Por meio do serviço Business Link Direct da Embratel, organizações dos mais diversos portes conectam-se à Web com toda segurança. Para usuários residenciais, a Embratel acaba de lançar a Via Embratel, TV por assinatura banda larga, que oferece Internet de alta qualidade e disponibilidade por meio da tecnologia HFC (híbrido fibra-coaxial).
b) Telefonia Local
Ao mercado corporativo, a Embratel oferece um serviço completo de telecomunicações, conectando as empresas diretamente às suas modernas centrais, 100% digitais. A Telefonia Local da Embratel para o mercado corporativo está disponível em todo País, sendo uma opção para as empresas que desejam mais qualidade, confiabilidade e preço para o serviço de telefonia fixa.
Para o mercado residencial, a Embratel oferece telefonia sem assinatura, com franquia totalmente reversível para qualquer tipo de ligações e tarifas competitivas. As soluções de telefonia residencial da Embratel são o Claro Fixo(telefone com tecnologia sem fio, com planos pré e pós-pagos), NET Fone via Embratel (oferecido via rede de cabos da NET, possui franquia flexível para todos os perfis de usuários).
c) Telefonia de longa distância
Ligações interurbanas, nacionais e internacionais, planos de tarifas corporativos e residenciais de acordo com o perfil de cada cliente e cartões pós-pagos e pré-pagos.
d) Satélites
Os satélites da Embratel recebem e transmitem sinais de televisão, rádio, telefone, internet e dados para aplicações de entretenimento, telemedicina, teleducação, negócios, serviços essenciais para as comunidades distantes e atividades militares. Como serviços complementares para criação de redes ou emissoras independentes de TV e outros grupos de comunicação, a Embratel oferece as mais variadas opções de contratação, larguras de banda e tecnologias.
2.1 - Engenharia da Produção
A Engenharia da Produção é uma habilitação mais recente em relação a outras engenharias. Por definição é uma técnica, no sentido de que incorpora os conhecimentos desenvolvidos para a solução de problemas práticos (Contador, 1998, pg.11). E de acordo com a Associação Brasileira de Engenharia de Produção (ABREPO): 'Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologias, informação e energia. Compete ainda especificar, prever e avaliar resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e meio ambiente, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto de engenharia',(Elaborado a partir das definições do International Institute of Industrial Engineering - IIIE).
Basicamente a Engenharia de Produção surgiu nos EUA entre 1882 e 1912 com o chamado movimento "Scientific Management" (Administração Científica) preconizado por F.W. Taylor, Frank e Lillian Gilbreth, H.L. Gantt, dentre outros. Com o advento da produção em massa, difundida por Henry Ford, os engenheiros de produção passam a ter um papel fundamental no processo produtivo sendo o elo entre o setor técnico e o administrativo.
Na década de setenta, notou-se mesmo no Brasil, que os conceitos e métodos próprios da Engenharia de Produção ganharam notável desenvolvimento e tornaram-se independentes de qualquer área tecnológica sendo aplicada a todas as áreas clássicas das engenharias. A Engenharia de Produção é uma habilitação específica derivada de qualquer uma das seis grandes áreas da engenharia.
De uma forma geral, a Engenharia de Produção se responsabiliza por tudo o que se refere ao planejamento, programação e controle de compras, produção e distribuição de produtos. Enquanto que a Administração de Empresas concentra-se na gestão dos processos administrativos, processos de negócio e na organização estrutural da empresa; a Engenharia de Produção volta-se para a gestão dos processos produtivos, se tornando, conforme Naveiro (2000), a engenharia menos tecnológica dentre as engenharias na medida em que é mais abrangente e genérica, englobando um conjunto maior de conhecimentos e habilidades.
2.2 - Engenharia de Produção na Telecomunicação
Com a evolução da Engenharia de Produção, a necessidade do mercado de profissional com uma sólida formação científica e com visão geral suficiente para encarar os problemas de maneira global. Naturalmente foi se expandindo a área de atuação, saindo das indústrias e atuando em empresas de serviços como a de transporte aéreo, internet, consultorias, empresas públicas, concessionárias de telefonia, bancos e etc.
Cunha (2004) traça o perfil desejado para o engenheiro de produção em termos de sua capacitação técnica e do seu modo de atuação dentro da sua empresa ou instituição. Em termos técnicos, ele deve ser capaz de atuar fundamentalmente na organização das atividades de produção, assim recebendo treinamento em métodos de gestão e em técnicas de otimização da produção. Quanto ao seu modo de atuação, deve ser preparado, acima de tudo, para ser um profissional capaz de estabelecer as interfaces entre as áreas que atuam diretamente sobre os sistemas técnicos e entre essas e a área administrativa da empresa. Este perfil tem tornado este profissional muito procurado pelas empresas pela sua capacitação híbrida gerencial-técnica.
Assim como encontramos engenheiros de produção na telecomunicação de forma mais efetiva, pois a soma de suas habilidades técnicas com sua visão ampla do negócio obtém um gestor mais qualificado para resolução de problemas.
Na engenharia de produção é necessário acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-os e colocando-os a serviço da demanda das empresas e da sociedade conforme ABREPO. Na telecomunicação o avanço tecnológico é acelerado e por possuir uma visão sistêmica maior cabe a este engenheiro manter-se atualizado a fim de criar uma interconexão entre as partes produtivas. O engenheiro de produção também consegue perceber os impactos que as alterações em uma determinada área dentro da empresa poderá produzir com mudanças tecnológicas.
2.3 - O Papel do Engenheiro de Produção na Telecomunicação
Segundo ABREPO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção), Engenheiro de Produção deve ter uma sólida formação científica e profissional geral que o capacite a identificar, formular e solucionar problemas ligados às atividades de projeto, operação e gerenciamento do trabalho e sistemas de produção de bens e/ou serviços, considerando seus aspectos humanos, econômicos, sociais e ambientais, com visão ética e humana, em atendimento às demandas da sociedade.
Segundo Jonio Manoel Gerente Engenheiro de Produção da Embratel AS, diz que “O engenheiro de produção tem papel fundamental, pois nossa forte base estatística e gerencial é de grande ajuda em todos os processos. Utilizamos os métodos estatísticos para verificar e tratar reincidências e processos que possam melhorar. A nossa formação Gerencial nos dá suporte na hora de tomarmos decisões. Outras Engenharias não têm esse enfoque Gerencial, são mais ‘técnicos’ e especialistas.”
(ABREPO) Especificamente, ele deve possuir habilidades e competências que capacite o profissional a:
- Dimensionar e integrar recursos humanos e financeiros a fim de produzir com eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas;
- Utilizar ferramental matemático e estatístico para modelar sistemas de produção e auxiliar na tomada de decisões;
- Ser capaz de projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, levando em consideração os limites e as características das comunidades envolvidas;
- Prever e analisar demandas, selecionar tecnologias e know-how, projetando produtos ou melhorando suas características e funcionalidades;
- Incorporar conceitos e técnicas de qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria;
- Prever a evolução de cenários produtivos, percebendo a interação entre as organizações e os seus impactos sobre a competitividade;
- Compreender a inter-relação dos sistemas de produção com o meio ambiente, tanto no que se refere à utilização de recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade;
- Utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a viabilidade econômica e financeira de projetos;
- Gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologia adequada.
Walter Antonio (Introdução à Engenharia,2006) descreve como qualidade de um Engenheiro:
- Compromisso com a ética profissional A ética deve ser a base sobre a qual é estabelecido o comportamento do profissional perante a sociedade, seu empregador, seus clientes ou concorrentes. A atuação profissional, baseada em princípios éticos, deve se pautar pelo respeito ao trabalho de outros e pela adoção de uma postura correta na aplicação dos conhecimentos técnicos. A capacitação técnica pode ser paulatinamente construída tendo como base cursos formais, leituras e discussões. A atitude profissional – entendida aqui como o comportamento perante o mundo - se pratica com base em preceitos éticos consistentes e em consonância com um tempo histórico. Um curso de graduação é um bom momento para exercitarmos essa prática. Do ponto de vista ético, não podemos ver a profissão apenas como um meio de satisfação de interesses pessoais. A formação do engenheiro não acontece por mágica. Ela tem um custo social que deve ser resgatado através de uma atuação consciente perante a sociedade.
- Relações Humanas. Necessidade de integração do engenheiro com seu campo de trabalho exigirá dele conhecimentos de relações humanas. No cotidiano do trabalho de um profissional, um engenheiro deverá trocar idéias com clientes, operários, políticos, diretoria da empresa, usuários. Para isso é importante ter-se Uma boa habilidade para interagir, argumentar, convencer, retroceder, discutir, buscando sempre um bom nível de diálogo em várias áreas de conhecimento.
- Trabalho de Equipe. O exercício de todas as profissões - não poderia ser diferente com a engenharia - exige uma boa habilidade para o trabalho em equipe. E percebe-se que cada vez mais esta característica é mais necessária ainda. Grandes empreendimentos dominam o mundo tecnológico, grandes problemas se entrelaçam na maioria das áreas e inúmeras pessoas clamam por melhoria na qualidade de vida, o que depende cada vez mais de equipes partindo em busca de soluções.
- Disposição para auto-aprendizado. O bom engenheiro deve estar sempre a par dos avanços da sua área de trabalho. Por isso o aprendizado deve ser contínuo. Livros, revistas técnicas, periódicos, seminários, congressos, mesas redondas, simpósios, feiras industriais, grupos de estudo e associações de classe são instrumentos de que se deve fazer uso para enfrentar com competência e sucesso o longo caminho do aperfeiçoamento profissional.
- Excelente comunicação oral e escrita. Uma qualidade que muitas vezes é relegada a segundo plano por alguns profissionais da área de engenharia é a comunicação. Mas o fato é que uma boa comunicação, hoje, é muito mais importante do que deve ter sido há algum tempo. Aliás, isso acontece tanto na área de engenharia como em qualquer outra. Há como imaginar um engenheiro que não realize um relatório técnico, que não discuta com sua equipe detalhes de um projeto, que não prepare gráficos e tabelas para mostrar o desempenho de algum sistema, que não demonstre através de uma equação a otimização de algum processo? A despeito dessa desastrada confusão, o fato é que a comunicação é uma qualidade significativa e indispensável para um bom desempenho profissional.
- Domínio de técnicas computacionais. A familiarização com a tecnologia requer que o profissional saiba muito de ciências físicas aplicadas e domine conhecimentos empíricos sistematizados O domínio de conhecimentos empíricos também é importante para o bom desempenho profissional, pois esta experiência auxilia na realização de muitos trabalhos do dia-a-dia da engenharia. Além dessa familiarização com a tecnologia — seu funcionamento, sua lógica — é fundamental também a familiarização com os resultados e as conseqüências da utilização das tecnologias no entorno social em que vivemos.
- Domínio de língua estrangeira (pelo menos inglês). é importante para que mantenhamos contato com publicações internacionais, que geralmente trazem as últimas novidades no campo científico-tecnológico.
- Responsabilidade social e ambiental. Não aborde um problema com noções preconcebidas de como solucioná-lo. A natureza com freqüência o guiará até a solução, caso você esteja atento as suas indicações.
Conclusão
De acordo com as informações expostas neste trabalho o engenheiro de produção não está focado apenas na área industrial conforme sua origem. Devido sua gama de qualificações e a necessidade do mercado de um profissional com uma sólida formação científica e com visão geral suficiente para encarar os problemas de maneira global, este profissional se expandiu para outras áreas, como a telecomunicação. O engenheiro de Produção deve demonstrar a capacidade de utilizar ferramental matemático e estatístico que auxilie na tomada de decisão, utilizar indicadores de desempenho para projetar metas e estratégias, é essencial se manter atualizado em relação aos avanços tecnológicos. Conforme foi visto, na área de telecomunicação a engenharia de produção está em crescimento com atuação mais abrangente que um engenheiro de telecomunicações que visa uma formação mais centralizada e técnica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAZZO, Walter Antonio e PAREIRA, Luiz Teixeira do Vale. Introdução à Engenharia Conceitos, ferramentas e comportamentos, Florianópolis, 2006.
DANTAS, Edmundo Brandão. Satisfação do Cliente: um confronto entre a teoria, o discurso e a prática. Artigo dissertativo, Florianópolis, 2001.
Sites:
https://www.embratel.net.br - Sobre a Embratel – Quem Somos.
https://www.colegioweb.com.br/geografia/telecomunicacoes-no-brasil.html - Telecomunicações no Brasil
Estudos dos casos Estudos dos casos A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Produzir é mais que simplesmente utilizar conhecimento científico e tecnológico. É necessário integrar questões de naturezas diversas, atentando para critérios de qualidade, eficiência, custos, fatores humanos, fatores ambientais, etc. A Engenharia de Produção, ao voltar a sua ênfase para as dimensões do produto e do sistema produtivo, veicula-se fortemente com as idéias de projetar produtos, viabilizar produtos, projetar sistemas produtivos, viabilizar sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que a sociedade valoriza. Essas atividades, tratadas em profundidade e de forma integrada pela Engenharia de Produção, são fundamentais para a elevação da competitividade do país. O campo da Engenharia de Produção A Necessidade da Engenharia de Produção no RS A Demanda Pelos Cursos de Engenharia de Produção O Crescimento da Engenharia de Produção no Brasil A Engenharia de Produção como Grande Área Página Principal O Campo da Engenharia de Produção "Compete à Engenharia de Produção o projeto, a implantação, a operação, a melhoria e a manutenção de sistemas produtivos integrados de bens e serviços, envolvendo homens, materiais, tecnologia, informação e energia. Compete ainda especificar, prever e avaliar os resultados obtidos destes sistemas para a sociedade e o meio ambiente, recorrendo a conhecimentos especializados da matemática, física, ciências humanas e sociais, conjuntamente com os princípios e métodos de análise e projeto da engenharia." (elaborado a partir de definições do International Institute of Industrial Engineering - IIIE - e Associação Brasileira de Engenharia de Produção - ABEPRO) Produzir é mais que simplesmente utilizar conhecimento científico e tecnológico. É necessário integrar questões de naturezas diversas, atentando para critérios de qualidade, eficiência, custos, fatores humanos, fatores ambientais, etc. A Engenharia de Produção, ao voltar a sua ênfase para as dimensões do produto e do sistema produtivo, veicula-se fortemente com as idéias de projetar produtos, viabilizar produtos, projetar sistemas produtivos, viabilizar sistemas produtivos, planejar a produção, produzir e distribuir produtos que a sociedade valoriza. Essas atividades, tratadas em profundidade e de forma integrada pela Engenharia de Produção, são fundamentais para a elevação da competitividade do país. Topo A Necessidade da Engenharia de Produção no RS O cenário vigente de atuação das empresas caracteriza-se pelo processo de internacionalização e globalização da economia, com graus crescentes de competitividade. Assim, o binômio Produtividade e Qualidade, que historicamente sempre foram elementos fundamentais de interesse e estudo da Engenharia de Produção, tornaram-se agora uma necessidade competitiva de interesse global não apenas de empresas de bens e serviços, mas também de inúmeras nações.A formação dos grandes blocos econômicos mundiais (Comunidade Econômica Européia, Nafta, Mercosul, etc.) e conceitos como Manufatura de Classe Mundial ("World Class Manufacturing"), e Gestão da Qualidade Total ("Total Quality Management"), que se transformaram em jargões comuns ao setor industrial, levam à clara compreensão por parte dos empresários e profissionais do setor de que a sobrevivência e sucesso das empresas brasileiras passa pelo estudo e prática dos grandes temas ligados ao processo produtivo, objeto da Engenharia de Produção. Fator adicional é possibilitado pelos avanços tecnológicos, os quais, paradoxalmente, em vez de acentuarem as tendências para a superespecialização, estão revertendo este quadro no sentido de permitirem níveis adequados de integração de sistemas, exigindo profissionais com ampla habilitação nas técnicas e princípios da Engenharia de Produção. Esse contexto, tem alterado significativamente o conteúdo e as habilidades esperadas da mão de obra em termos mundiais e essas mudanças tem se refletido fortemente na realidade e perspectivas profissionais do Engenheiro de Produção. Topo A Demanda pelos Cursos de Engenharia de Produção A necessidade dos conhecimentos e técnicas da área da Engenharia de Produção tem feito com que o mercado procure e valorize os profissionais egressos dos cursos desta especialidade. Em função disso, a demanda pelos cursos de Engenharia de Produção tem sido muito grande, segundo apontam as estatísticas dos vestibulares. No Brasil, reportagens recentes de revistas como Exame, Isto É e Veja, e de jornais como Folha de São Paulo, apontam a Engenharia de Produção como a Engenharia com as melhores perspectivas de mercado de trabalho previstas para esse final de século, juntamente com Telecomunicações e Mecatrônica. Para ilustrar a demanda existente no Brasil, vale mencionar que a UFRJ possui um curso de Engenharia de Produção nos moldes do curso que está sendo proposto na UFRGS. A Engenharia de Produção na UFRJ é o segundo curso mais disputado no vestibular, perdendo apenas para o curso de Medicina. Situação similar acontece na UFF e em muitas universidades do interior de São Paulo. Topo O Crescimento da Engenharia de Produção no Brasil Em 1993 existiam, no Brasil, 17 cursos de graduação em Engenharia de Produção (Boletim da ABEPRO de 08 de março de 1993). Em 1996, no XVI Encontro Nacional de Engenharia de Produção (ENEGEP), o número de cursos de graduação em Engenharia de Produção já passava de 20. Atualmente, mais de 30 instituições oferecem em torno de 35 cursos de graduação e 15 cursos de pós-graduação em Engenharia de Produção. Calcula-se em cerca de 7500 o número de alunos nos cursos de graduação e de 2500 nos de pós-graduação. Nota-se com esses dados que, nos últimos 5 anos, o número de instituições que oferecem cursos ligados à Engenharia de Produção (graduação ou pós-graduação) foi mais que duplicado. As maiores universidades do Brasil, no caso a UFRJ e a USP possuem cursos de graduação em Engenharia de Produção. As principais universidades privadas do RS, no caso a PUC e a Unisinos, têm projetos para, respectivamente, a criação e expansão do curso de Engenharia de Produção a partir deste ano (1999). Topo A Engenharia de Produção como Grande Área Partindo-se da definição dada no início do presente documento, identifica-se uma base científica e tecnológica própria da Engenharia de Produção que a caracteriza como grande área. Esse conjunto de conhecimentos, que está parcialmente listado a seguir, é fundamental para que qualquer tipo de sistema produtivo tenha um funcionamento coordenado e eficaz: - Engenharia do Produto; - Projeto da Fábrica; - Processos Produtivos; - Engenharia de Métodos e Processos; - Planejamento e Controle da Produção; - Custos da Produção; - Qualidade; - Organização e Planejamento da Manutenção; - Engenharia de Confiabilidade; - Ergonomia; - Higiene e Segurança do Trabalho; - Logística e Distribuição; - Pesquisa Operacional. Uma análise mais detalhada da formação oferecida atualmente pelos cursos de Engenharia indica que esses conhecimentos e habilidades são próprios e característicos da Engenharia de Produção. Além disso, a Engenharia de Produção trabalha esses assuntos de forma integrada, considerando como cada um deles enquadra-se dentro do conjunto que compõe um sistema produtivo. Ressalta-se que a aplicação desses conhecimentos requer a base de formação (Matemática, Física, Química, Informática, Desenho, etc.) que existe apenas na Engenharia. Assim, justifica-se, e na verdade é urgente, o estabelecimento de um departamento em Engenharia de Produção e de um curso de graduação com formação própria e diretrizes curriculares adequadas. -------------------------------------------------------------------------------- 1 - Como aumentar a competitividade e qual o papel do Engenheiro de Produção? O papel do engenheiro de produção no momento de crise Comunicação Ietec Durante uma crise econômica as indústrias buscam sustentar seu negócio e melhorar sua competitividade no mercado com ações para diminuir custos de produção, melhorar o atendimento a clientes e buscar inovações em processos e produtos. O engenheiro de produção, especialista na gestão dos processos produtivos, é capacitado para atuar nessa área com foco em custos, atendimento aos clientes e inovação em processos e produtos. Para José Ignácio Villela Júnior, coordenador do curso de pós-graduação em Engenharia de Produção do Ietec, o engenheiro de produção é importante porque pode ajudar a empresa a reduzir o custo de seus produtos e ainda encontrar formas de melhor atender as necessidades de seus clientes. “Hoje o compromisso com o bom atendimento às necessidades do cliente pode ser decisivo na escolha de um fornecedor. Dependendo do segmento que a empresa atua, seus diferenciais estão na qualidade e cumprimento do prazo de entrega do pedido completo, salienta Villela Junior. O engenheiro de produção também pode atuar no controle e redução de custos, eliminando desperdícios como produção excessiva ou desnecessária e usar máquinas de layout ineficiente. “Ele também busca soluções para diminuir a perda de materiais, o retrabalho e a quantidade de matérias-primas e componentes utilizados no processo de produção, afirma coordenador do curso de pós-graduação em Engenharia de Produção do Ietec. O crescimento da demanda pelo produto da Thega Industria e Comercio, que fabrica discos para tacógrafos, exigiu o aumento de sua produtividade em curto espaço de tempo. Segundo Cristiano Vicente Vilano, Gerente de Produção da Thega, a empresa utilizou a engenharia de produção para aumentar a qualidade de seu produto e principalmente diminuir custos, conservando o mesmo quadro de colaboradores. “Com a gestão de produção conseguimos o aumento da produtividade em 30%, melhoria da qualidade de nosso produto e do nosso fluxo interno de produção, na diminuição de perdas e refugos e o melhor aproveitamento do tempo”, comemora Vilano. O gerente de produção da Thega também explica que sua empresa está mais preparada para enfrentar a crise e a concorrência com a gestão da produção. “Mantemos a nossa produção alinhada com a demanda de mercado, fazendo com que não tenhamos gastos desnecessários, capital parado em estoques”, explica Vilano. Inovação também é foco do engenheiro de produção Outro foco de atuação do engenheiro de produção é a busca por melhorias simples ou inovações no processo ou no produto da empresa. A empresa Onda Pluv, fabricante de calhas e rufos, oferece um produto diferenciado a seus clientes graças ao desenvolvimento de uma máquina. A inovação transforma chapas planas em calhas e rufos de perfis ondulados, o que torna os produtos da Onda Pluv mais resistentes e garante maior durabilidade e escoamento de água além de ser uma peça com layout mais bonito. Uma outra solução simples, feita com a adaptação de uma chapa à máquina que produz as calhas e rufos também proporcionou mais autonomia na produção, evitando a utilização de um funcionário só para fazer a retirada dos produtos acabados. A Onda Pluv também investiu em outras inovações. Após um grande crescimento da empresa que gerou aumento da demanda por produtos, surgiu a necessidade de maior controle e planejamento da produção. A empresa contratou Adnilson da Silva Verdin, aluno de pós-graduação em Engenharia de Produção no Ietec, para supervisionar sua produção. As primeiras ações foram a implantação do planejamento da produção, o processo de previsão de demanda, o melhoramento das instalações e da gestão de RH. “Esses processos ainda estão em desenvolvimento, mas já houve uma melhoria significativa na parte de motivação da equipe, aumento da produção e organização do ambiente de trabalho. A empresa também contratou mais profissionais com boa capacitação” explica Verdin. Atualmente também há um foco na otimização do uso das informações das planilhas de planejamento e controle da produção da empresa. “Com isso, hoje já é possível fazer a previsão de demandas de produção, o que possibilita uma melhor gestão do setor de compras”, explica o supervisor de produção. Uma publicação do: IETEC - Instituto de Educação Tecnológica - R. Tomé de Souza, 1065, Savassi Tel. (31) 3223-6251 - (31) 3116-1000 Belo Horizonte: cursos@ietec.com.br | São Paulo: ietec.sp@ietec.com.br | Rio de Janeiro: ietec.rj@ietec.com.br Nordeste: ietec.ne@ietec.com.br Indique a um amigo Imprimir esta página Faça download deste artigo (PDF) Indique a um amigo Imprimir esta página O papel do engenheiro de produção no momento de crise Gestão de custos é diferencial em tempos de crise Logística eficiente, resultados concretos Logística é diferencial competitivo nas empresas CVRD investe em meio ambiente Chemtech: inovadora de ponta a ponta Economia socioambiental e as eleições Meio ambiente e Inovação são diferenciais no mercado de trabalho -------------------------------------------------------------------------------- Gargalos Ponto de estrangulamento Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação, pesquisa Figura 1 - Exemplo do gargalo de uma garrafa.Ponto de estrangulamento, gargalo ou restrição é uma designação do componente que limita o desempenho ou a capacidade de todo um sistema, que se diz ter um estrangulamento (Chase et al., 1995, p. 842). Trata-se de uma derivação metafórica do gargalo de uma garrafa (Figura 1), na qual a velocidade de saída do líquido é limitada pela dimensão do gargalo (Dicionário, 2009). Qualquer indústria, empresa ou serviços, encontram-se sujeitos a algumas restrições que limitam o seu processo produtivo, restrições essas designadas por estrangulamentos (Carvalho, 2004). Os estrangulamentos são alvos de estudos intensivos e minuciosos pelo simples facto de serem pontos críticos de sistemas, precisando para tal, que as suas operações sejam protegidas (Chase et al., 1995, p. 851), dado que, uma hora ganha num estrangulamento representar uma hora extra ganha para todo o sistema produtivo, além de, ser o ponto de estrangulamento que dita o nível de produção diária, o cumprimento de certas metas a nível da constituição de stocks, o que indirectamente acaba por influenciar no cumprimento de prazos de entrega de produtos (Courtois et al., 2007, p. 294). Por estas razões investir nele representa um ganho (lucro) que pode atingir um valor monetário consideravelmente elevado. Situação que não acontece quando se investe num ponto de não-estrangulamento, pelo simples motivo, que quaisquer medidas tomadas para reduzir o seu tempo de ciclo servir apenas para aumentar o seu tempo de inactividade (tempo não utilizado: isto é, o tempo de ciclo menos o somatório do tempo de preparação com o tempo de processamento, tempo de fila de espera e o tempo de espera), logo por essa razão uma hora poupada num não-estrangulamento além de ser um milagre representa apenas uma hora (Chase et al., 1995, p. 847, 849). Também existe o recurso de capacidade restrita (RCR), que é aquele está sujeito a uma utilização muito próxima da sua capacidade produtiva máxima, podendo por isso, «transformar-se» num estrangulamento caso não seja utilizado moderadamente. Exemplificando, estando o RCR a trabalhar numa instalação funcional proveniente de diferentes origens. Se estas mesmas origens possuírem um fluxo, que de certa maneira, contribua para a existência de tempo de inactividade ocasional para o RCR em excesso do seu tempo de capacidade não aproveitado, o RCR torna-se num estrangulamento. A origem deste problema, deve-se ao facto da ocorrência de alterações nas dimensões dos lotes, ou se uma das operações anteriores não rende e não faculta o trabalho necessário e suficiente ao RCR (Chase et al., 1995, p. 842).